Quantas vezes você já se deu o luxo de parar e pensar Em todo esse roteiro que transforma tantas vidas num cenário Que completa uma história de luxúria e glória É... um pouco do que passa em um gueto envolvido por madeira e concreto que não deixa que a janela de uma casa seja aberta pelo vento E guarda em sua face à esperança de ver
A luz entrar Pelo quarto que ainda guarda no oco o sangue Tirado das veias de um povo que chora em silêncio a falta da prole Perdida e iludida num conto infeliz editado em todas as crueldades
Acreditar que se possa voar é uma saída Acreditar que se possa lutar por sua vida Acreditar que seu sonho é um ponto de partida Acreditar
Quantas vezes você teve em sua face uma marca de orgulho Por poder estar a margem de um tempo obscuro Por ter uma estrada de fachada só pra acreditar Que um dia tudo irá mudar Tantas vidas, tantas almas, tantos sonhos, que anseiam Tanto a sua liberdade, de ter autoridade pra negar toda essa gente Pra poder acreditar
Na luz entrar Pelo quarto que ainda pode ter a cor do mar Se o sangue que corre no oco ainda quiser tentar Dar a vida a tudo que brilha com gosto por toda a humanidade
Acreditar que se possa voar é uma saída Acreditar que se possa lutar por sua vida Acreditar que seu sonho é um ponto de partida Acreditar