[Dhe] É o destroço do paradoxo Caem telhas, caem corpos A cair quais são os próximos? O clima é frio Vazio ortodoxo Deixando a mente totalmente em caótico Na esquina da frente só os pródigos Ascendem seu bong usando fósforo Já o burguês e seu sócio faz churrascada Na sua chácara e joga pelada a negócio
O pasto lotado de agrotóxico mórbido Nos deixando eufóricos Ouço vozes, na minha mente, é lógico Ninguém se preocupa com meus corre Meus códigos O astral magistral de um sóbrio Olhando a chuva cheio de ódio Dos que desprezam fantasias e alegrias Te ver Jah, um dia, e sua face sagrada ao máximo
[Refrão] Cai garoa, cai a chuva e o raio que te assusta Te espanta e faz molhar O medo não é resfriado, medo é não poder acordar
[Deko] Ela vem sem avisar Reação é só olhar Na chuva ela que manda Lava crimes calçadas, ruas almas armadas Disfarça a função desfaça a função Vento na cara
Na chuva perdido Morros caindo Tetos voando Construções desmoronando Quer sair dali pra onde vai Corre por que chove e sai Meu veneno é quando chove a casa vira lama E a geladeira bote Se não morre afogado é de leptospirose Porque não se preocupam com os meu corre Porque não se preocupam com meus córregos Priorizam o sistema e seus códigos O rap salva alma a chuva lava a cara e não somos inglórios Não somos inglórios
A chuva que cai lá fora Vai lavar e levar embora Tudo que fez mal um dia Aquela sereia seria minha Me encanto com o jeito dela Era loco o sorriso dela Era loco o jeito que ela sorria Ela vem pra amenizar Ela vem pra inspirar Sedutora de um jeito indolor Inspiradora me inspira amenizar a dor Professora pra amores Aluna pra rancores Chuva que choveu Chuva que passou Por onde passa deixa rastros escritos Tras na noite gotas do infinito Mostrar por ser bonito Natureza e seus vícios Indícios da beleza Ser sozinha e única Natureza
[Refrão] Cai garoa, cai a chuva e o raio que te assusta Te espanta e faz molhar O medo não é resfriado, medo é não poder acordar