Ávora di Carlla
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O Mundo Pelos Quadros em Tábata a Casa da Tábata (part. e I)

Ávora di Carlla

O Velho, A Carne E A Psicodélica Árvore Do Imaculado Ventre Da Terra


Frutos do ácido, memórias, heroínas do corpo
O vento que inflama as colinas e a colhe encantada
Maldita esmeralda do sabre da morte, adeus
Filha das antigas tempestades
Quase não a reconheço, minha grave alma decantada
Outra madrugada, outros deles
Ao meu lado uma pálida imagem estiolava
nos misteriosos amos do griso leite sobrenatural

Por aqui não tem mais como evitar
Sem segredos que eu não ouço "esqueça"
Descendo o estranho sozinho
Delírios adjuntos em alma cá
esperando o meio-dia chegar
Só pra ter a certeza
de fazer o menor
Só pra ter mais um dia
pensando que fugiu do céu
E eu lhe falei: toda a minha culpa
Toda a minha culpa

Derretendo todo o globo da Terra
Sangrando calmo até o medo acabar
E decidiu de repente ir embora
só querendo sonhar
Noite inteira, a noite inteira, a noite inteira
Só querendo sonhar

E foi tão difícil esperar
só um instante eu não posso
Interceda por nós soberanos
vidraços nos ramos de Goya
Todas as noites de insônia não me trazem você

Se desespera, quantos danos me fez
De vez em quando ele volta
O que temos é tão raro
colhendo as plantas de março
que nos traga a vida

Venha acesa
por todo mundo
sedado, perdido
Por não saber quem eu sou
Por viver assim como antes de ser o meu vício

Derretendo todo o globo da Terra
Sangrando calmo até o medo acabar
E decidiu de repente ir embora
só querendo sonhar
Noite inteira, a noite inteira, a noite inteira
Só querendo sonhar

Mãe dos desastres
das amálgamas densas
Éramos prematuras paisagens
num lânguido deserto assombrado
Tente salvar seus defeitos
numa urna impecável com fivelas douradas
Enterro-me na malha aflita e macabra dos miseráveis
Imigrante do rei, do seu sextante vendado
nos horrorosos e covardes milagres
nos horrorosos

Há, dentro de mim, uma imensa
cidade, em ruínas
Um vácuo anamnésico
coagulado nas púrpuras chamas antimatéria
Antimatéria

Composição: Gustavo Caverzan

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