Frutos do ácido, memórias, heroínas do corpo O vento que inflama as colinas e a colhe encantada Maldita esmeralda do sabre da morte, adeus Filha das antigas tempestades Quase não a reconheço, minha grave alma decantada Outra madrugada, outros deles Ao meu lado uma pálida imagem estiolava nos misteriosos amos do griso leite sobrenatural
Por aqui não tem mais como evitar Sem segredos que eu não ouço "esqueça" Descendo o estranho sozinho Delírios adjuntos em alma cá esperando o meio-dia chegar Só pra ter a certeza de fazer o menor Só pra ter mais um dia pensando que fugiu do céu E eu lhe falei: toda a minha culpa Toda a minha culpa
Derretendo todo o globo da Terra Sangrando calmo até o medo acabar E decidiu de repente ir embora só querendo sonhar Noite inteira, a noite inteira, a noite inteira Só querendo sonhar
E foi tão difícil esperar só um instante eu não posso Interceda por nós soberanos vidraços nos ramos de Goya Todas as noites de insônia não me trazem você
Se desespera, quantos danos me fez De vez em quando ele volta O que temos é tão raro colhendo as plantas de março que nos traga a vida
Venha acesa por todo mundo sedado, perdido Por não saber quem eu sou Por viver assim como antes de ser o meu vício
Derretendo todo o globo da Terra Sangrando calmo até o medo acabar E decidiu de repente ir embora só querendo sonhar Noite inteira, a noite inteira, a noite inteira Só querendo sonhar
Mãe dos desastres das amálgamas densas Éramos prematuras paisagens num lânguido deserto assombrado Tente salvar seus defeitos numa urna impecável com fivelas douradas Enterro-me na malha aflita e macabra dos miseráveis Imigrante do rei, do seu sextante vendado nos horrorosos e covardes milagres nos horrorosos
Há, dentro de mim, uma imensa cidade, em ruínas Um vácuo anamnésico coagulado nas púrpuras chamas antimatéria Antimatéria