O silêncio favorece a recuperação da humanidade Todo o poente são quadros que elaboram fiados ouvidos Que despencam do alto do fundo de um coração Pois é onde que eu me encontro com o amor A dor é a pele que percorre o toque das respirações
O lago dos últimos dias é o branco nos olhos daqueles que partem Mas Aurora é o princípio do homem que nasce da obra "formar redemonhos num raio de sol"
Ó mães espelhos cantadas à tintas de sangue Vestígios de um salto sois vós Coloridos incêndios do negro ao negro, do negro ao negro pois do negro ao negro expectoro e deliro Alguns temporais, alguns temporais
Tateando o coração encontras as chaves da porta do mundo caindo num abismo profundo abrindo a vida em tudo
Vou lhes confessar alguns quadros que cresceram no meu caminho São de onde venho porém somente deles que eu trago o que sou Imagens que fitam com olhos de espelhos, mistérios que habito
Para contemplar os livros dos homens mais velhos Para respirar dos ventos das crianças de um tempo eterno Para dançar belas maravilhas na terra dessa imensa caverna que desde sempre me anuncia vida que me nasce, me morre Para viver a vida, na vida da vida, da vida Para viver a vida, na vida da vida, da vida Que desde sempre me anuncia vida que me nasce, me morre Para viver a vida, a vida, a vida
"O meu coração é feito de tinta e meu sangue é feito de tinta Quadros são feitos de sangue E as tintas, cáries do coração O meu amor aos quadros é o amor pelo mundo que é feito de coração e sangue"