A oração lançada à frente só o tempo devolverá Pedra que barro cria e chão pode quebrar É estalar de dedo: um clap, um clap, ah Olhar que enfrenta o medo também pode assustar Menino com cara de homem, homem com primórdio menino Inspirando demônios e soprando um ar divino Identificar fraqueza é um sinal de força Copo de água potável, fôlego que desarrocha Destaque na família dentre meio as retiradas Fecho a porta, tranco a alma e transpiro lágrimas Choro desabafos, perguntas pra mim mesmo Tributo do blog, homenagem do contexto A inocência na cara do cara é rara, se clara é rejeitada Quando acontece, aparece de leve e fere o que entristece obceque quem cala Sombra dobrada, olheira que fala a mágoa pulada quando foi questionada Satisfação a quem pede e não a quem merece por isso moleque: resguarda!
"Eu sou cantador Canto a dor... "
A vergonha mais triste é a de solicitar ajuda Há diferença entre justificar e inventar desculpas Na vida até estar vivo é passageiro Por não interromper a poesia é que admiro o silêncio Milagre foi mudar do vinho pra água Flashback da infância, melodias cantadas O sorriso de hoje, pelos céus não é aparência Mas meu tom de voz não esconde sequelas da adolescência Quais deveriam ser os privilégios de um sábio? Entendo que cada benção traz um fardo É nas ruas pela noite que me faço luz Solitário, meditando, coberto por um capuz
A solidão que me aprisiona é a mesma que liberta A segurança é a grade invisível que nos cerca Mato o meu ser na maioria das escolhas Mato o meu corpo pra que meu espírito nunca morra