Augustinho da Silveira

Uma Ilha

Augustinho da Silveira


Mesmo se sai num barco
com motor de centro
O ilhéu está sempre atento ao vento
E às vezes precisa remar

Viu gaivotas voando e movimentação
Vai se aproximar
Pra poder cercar
O peixe com a embarcação

E o cardume fez feliz
A turma da Barra
Lance de carga pesada
Fez o povo todo festejar

Muito esforço
E um pouco de superstição
Tem que ser valente
Mas também tem que acreditar na oração

Terço, novena, rosário
Ou coisa que o valha
Pescador assim trabalha
Reza antes de ir pro mar

Junto disso um trabalho
Em terra tecendo
Essa rede com tantas braças
Pra tainha não passar

Aqui é pelo mar
Que a vida se interliga
De um jeito ou de outro
Pois aqui é uma ilha

Aqui é pelo mar
Que a vida se interliga
De um jeito ou de outro
Pois aqui é uma ilha

Dona Doris
Vai bem cedo pro batente
Troca a roupa, passa batom
Pra finalizar no cabelo um pente

Chega dando risada
Com as outras moças
Bate o ponto, toma um café
Ri das piadas que a Mari conta

No fim do expediente
Está tão contente
Mostra toda boba o trabalho
Que fez com os seus pingentes

Já pensando na noite
E o manjar dos deuses
Pra comer depois da janta
E a cervejinha matar sua sede

E é um corre-corre danado
No vão do mercado
Que é pra não perder o horário
De chegar no terminal

Passa numa das bancas
Pra levar pra casa
A tainha ensacolada
Enrolada num jornal

Aqui é pelo mar
Que a vida se interliga
De um jeito ou de outro
Pois aqui é uma ilha

Aqui é pelo mar
Que a vida se interliga
De um jeito ou de outro
Pois aqui é uma ilha


Aqui é pelo mar
Que a vida se interliga
De um jeito ou de outro
Pois aqui é uma ilha

Pois aqui é uma ilha

Pois aqui é uma ilha

Pois aqui

É uma ilha

Composição: Augusto da Silveira, Francisco Rojas

Letra enviada por Emanueli Reinert Dalsasso

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