Arthur Rodrigues dos Santos

Cera

Arthur Rodrigues dos Santos


Vinte e cinco são as palhas
Que vão me dar a pele lustrosa do povo trabalhador
Essa alma é a alma que reluz
Músculos encerados na base da água de sal
Se misturam à terra o óleo, o suor e o cal

Será! Que a maresia vai desgastar? Não vai! Será?
Que todos esses anos de luta foram em vão?
Será! Que a rotina vai me conformar? Não vai! Será?
Que vou ser mais um desses enfeites sem distinção?

Será! Que o desprezo vai nos abater? Não vai! Será?
Que nossa gente vai ficar sempre por conhecer?
Será! Que nossa fuga a vai se suceder? Não vai! Será?
Que pra ser valorizado tenho que migrar ou morrer?

Chegou hora duma nova história, folhas lustradas, um leque são
Trilha abrasada, massa forjada nas labaredas do meu sertão
Será? Será? Sem oxidar
Será? Será? Coalizão
Será? Será? Deus proverá
Será? Será? A redenção

Será! Que o refino vai por fim chegar? Rapah! Num é?
Cera dá o polido que faz desembrutecer
Será! a nossa vez de brilhar no altar? Rapah! Num é?
Receber o prêmio que eu sempre fiz por merecer

Composição: Carnawood

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