Foi na seca do Nordeste que me afoguei um dia Foi na carta do baralho que perdi a valentia Quando o sol estava quente no pino do meio dia Fiz a cama na varanda pra fugir da covardia Paguei caro pela vida que a morte não matou Paguei caro pelo dia que a vida não usou Paguei caro pelo pão que a fome devorou Paguei caro pela noite que meu corpo não velou Paguei caro pelo vinho que a cabeça embriagou
Pára, para que parar Parar, para que e por que? Deixe ele ir pra escola Deixe o menino jogar bola Este menino vai fazer história Este menino um dia vai crescer.
Acendi o candeeiro bem no meio do clarão Rastejei pra liberdade que perdi na escuridão Pelo Pão e pelo Vinho, pelo Vinho e pelo Pão Na cabeça do inimigo pelo sangue do Irmão Escrevi esta poesia na Parábola do Sertão Já passei por tudo aquilo que o Mestre me dizia A escola é o mundo tem melhor sabedoria Professor é a prática, a lição o dia-dia Sou mais culto que a Ciência e a sua teoria.
Pára, para que parar Parar, para que e por que? Deixe ele ir pra escola Deixe o menino jogar bola Este menino vai fazer história Este menino um dia vai crescer