No porto Pedra Vermelha, existiram Atroarys, E a cá por estas bandas, tribo igual não existia assim, Nômades de puro sangue caçavam e pescavam, E em noites de lua alta, eles também festejavam.
Vieram barcos de tão longe, aportar na pedra Tupi, Viver, garantir a vida, da dinastia wamiri, Todos tinham seu momento e o dever de cuidar, Há um ancestral no pensamento, e a grande pedra para zelar.
Tudo era exposto a todos, em comum wiantã-cuí, Na gleba há plantações nativas, e a energia do Açu-Ari, Culturas de várzea tinham a plena benção do além, A lua Yaci comanda o balé das águas em vai e vem.
Um ritual manda o guerreiro para Iceara e Thugaré, Posto em vaso de barro mora a beira do igarapé, Veio o branco com o seu mundo, jogou calcário sobre este chão, Dentro de um empirismo tolo, levou os contos de uma nação.
Hoje não sei onde está o pilar da nossa História, Levaram meu Mausoléu, o meu corpo e minha memória, Sou um filho desta terra que almeja saber, Para onde foi o guerreiro que aqui iría renascer.
Pois sou daqui... Nasci aqui... Eu também sou... Um Atroary...