O quê que tem no samba? O quê que tem no rock? Por que que eu tô vivo? Quem é que tem sorte?
Enquanto eu resisto Eu vou até o osso O pouco que me resta Me deixa louco
Seguindo um caminho, sem rumo, na pressa Danço com diabo quando vim pro inferno Com sangue nos olhos, me movo pra frente Enfrento a solidão com a faca nos dentes
Apago um cigarro e logo acendo outro Mais uma dose, eu ouço a voz do lobo Tudo tá mudando, eu sempre quero mais Minha fome é maldita e nada satisfaz
O pop é sedutor O pop é careta O pop é delírio O pop esfaqueia
O pop é canalha O pop é um santo O pop é poeta O pop é demônio
Alegria e tristeza, decepção amorosa Tudo é permitido até segunda ordem Nem tudo pode ser assim tão perfeito Nem tudo pode ser assim tão direito
A vida na entrada, a morte na saída Pra quem vai além, boa sorte na partida O velho e o novo são os vivos e os mortos Os mortos são dos outros e os vivos são dos nossos