Eu vou escrever pra vocĂȘ o que eu sempre quis dizer Nessa carta que talvez vocĂȘ nunca vai receber. Me desculpe desde jĂĄ por favor. E tente entender a minha letra que a lĂĄgrima borrou.
Que simplesmente era o meu super-heroi, E que deixou muita saudade no meu peito que doi. Ă tipo assim peço por favor tente me entender. Quando ouvir a musica que a gente fez pra vocĂȘ.
Quando me lembro, vocĂȘ saindo naquela porta As bolsas nos ombros, eu pedindo, \"papai volta?\" As lĂĄgrimas caiam dos meus olhos, vocĂȘ enxugou, Pegou-me no colo me deu um beijo e me abraçou.
VocĂȘ prometeu pro meu irmĂŁo que voltaria. Pelo menos uma vez por semana e nos levaria Para matar a saudade, passear na cidade De repente isso seria bem melhor pra a gente. No começo foi realmente assim.. Ă, quase assim..
Acho que vocĂȘ sabe que foi duro pra mim ou pra nĂłs.. Acho que nĂŁo, vocĂȘ sumiu. Nem viu sua filha crescer, foi rapido, e sutil
ForĂŁo poucos telefonemas, para matar quem nos matava No final sempre com um beijo me dizia que me amava.
Mas de que vale o amor se o senhor nĂŁo tĂĄ aqui Pra eu poder te abraçar, te beijar e sorrir NĂŁo sou mais aquela criança contente Nem vocĂȘ aquele pai tĂŁo presente. Ă tipo assim... Peço por favor tente me entender. Quando ouvir a musica que a gente fez para vocĂȘ.
Eu fui crescendo, vendo meus colegas Onde eu morava que tinha um pai em casa mais nĂŁo valorizava A quem derĂĄ se eu tivesse essa oportunidade De ter vocĂȘ aqui comigo no domingo a tarde Pra me ensinar a dirigir E dividir comigo tudo que \'Vç\' sabe E ser o meu melhor amigo
Mas nĂŁo, foi minha mĂŁe quem fez o seu papel Me ensinou - me a ser homem, nunca me deixou ao leo Ela disse que o amor nĂŁo pode viver com a magoa Ă como o ditado do oleo que nĂŁo junta com a ĂĄgua