Eu aumento, não invento Eu só falo a verdade Não gosto de mentira Conto com sinceridade
Quando eu morava no Sertão Vinha andando sozinho pela estrada Era noite, meia-noite Tudo escuro, pouca Lua Deparei com uma alma
Mas não era qualquer alma não Era uma alma medonha Daquelas bem grande que mete medo na gente que jamais vi uma igual
Meti o pé na carreira Parecia um alazão Um cavalo desembestado No meio da escuridão Eu corria tanto tanto Mas tanto tanto E ela botando atrás de mim
Cheguei na beira do açude Eu vinha numa velocidade tão grande Que nem deu tempo de parar Passei por foi cima d'água Que em o sapato molhei Quando eu vi já tava era do outro lado
Meu compadre Alves tava ouvindo Coçou a cabeça e me perguntou Quando foi isso compadre? Quero tirar uma dúvida contigo
Foi ontem quarta-feira De madrugada Por volta de uma hora Mas não vi ninguém por lá
Você não viu Mas eu estava lá pescando E lá pelas 4 da manhã Quando estava voltando pra casa na minha canoa Vi um rastro de uma pessoa por cima d'água e não sabia de quem era Rá, Rái... Foi você então, agora eu descobri
Pescador não mente Só fala a verdade Eu também não minto não cumpadi Essa história foi verdade