Quando as águas retirantes partem pro mar, rios em rios indo migrantes por me deixar, com a solidão das pedras, minha dor, pelo mangal a lua minguante minguando meu mal Como um solitário boto vagando ao léu no rastro da estrela do norte no céu, arde um amor apaziguado sangrando dos esporões de uma vil saudade dos meus estirões, Soure, Salvaterra e Breves meu Gurupá, certamente que a vida começa lá margearam a minha infância das cuias de açaí pororocando a vida por vir tapuio do Baixo Ararari da paz de Almerim da foz do Madeira lançantes marés abriguei banzeiros do mar cunhãs de Vigia voam os guarás nas ilhargas das manhãs do Caeté eu de bubuia a lembrança das encostas de Alenquer ganhando essas ilhas e várzeas, aningás, tajás, baixões do Amazonas veredas, brenhas do teu cio na calma do rio, que morre e deslonga irei te alongar nas correntes das nascentes, do querer pelas manhãs paraoaras desnudar-me e reviver, pelas manhãs paraoaras desnudar-me e reviver