Alexandre Official

Verdades

Alexandre Official


Não pago de bandido, amigo inimigo
É fácil ser falso
Com as corrente emprestada, carro alugado
Assim eu não faço, não

Não minto pra você, ostentando as puta
E dinheiro no maço
Verdades, maresia, olheira
Mormaço, horas sem cansaço

Me levantei, fome de vencer
Escapei da forca e do laço
Se liga vacilão, se cruzar meu caminho
Já era, falou, um abraço

Tu devia morrer de vergonha, quem não bate apanha
Eu decido no braço
Engatilho a rima e atiro
O peito não é mas o verso é de aço

Logo eu que escrevi, Nova Mosca
Brasil Faroeste, Vida e Criança
Ostentando luxúria, ganância
E dinheiro, jamais, eu matava a esperança

Minha vergonha na cara, motiva
As crianças na rua morrendo de fome
Verdades, aprendi o necessário
Rebelde moleque, atitude aqui é de homem

Obrigado minha mulher, meu filho
A família inteira que não surta
Eu tenho que fazer, o tempo ajudou
Mas a vida é curta

Escrevendo acordando, dormindo compondo
Sonhando e rimando
Nem dormindo a cabeça desarma
Confesso ela continua se armando

Não falei que não atiro, eu atiro palavra
Não jogo palavras ao vento
Um cientista da escrita, voando com a papel e caneta
Esse é meu reinvento

Eu destilo a verdade, eu narro que vejo
Meu povo escute e veja
Produto de limpeza ou revista
Não é, é real onde quer que esteja

Estrelato sem cor no tom
Sem tom, branco, preto, amarelo ou mulato
Falsos Messias, sigo perseguindo
No som tatuado o relato

Só quero educação, saúde, cultura
E não fui o melhor estudante
Politico rouba com apetite
Maior que fome de elefante

Logo eu que escrevi, Nova Mosca
Brasil Faroeste, Vida e Criança
Ostentando luxúria, ganância
E dinheiro, jamais, eu matava a esperança

Minha vergonha na cara, motiva
As crianças na rua morrendo de fome
Verdades, aprendi o necessário
Rebelde moleque, atitude é de homem

Sou otimista, creio no amanhã
Mesmo sem saber quando é minha hora
Meu carma minha escrita, denúncia
Disputa, luta melhora

Agora vomito verdades, em cima de você
E quem sabe, explica
a cada lei que é comprada
Pelo sistema meu ódio triplica

"Queria o que?
Ver eu pagando de ostentação
Gastando rima em vão
Vendendo mentira pra me sustentar?
E cantando putaria pra novinha rebolar... atá! "

Basta fazer a mudança
E cada um fazer sua parte
O coração só aguenta
Quando não tem medo do enfarte

Respeito aos antigos, o velho é aquilo
Uso, depois joga fora
Vida é serventia, Humano é útil
Respeito senhor e senhora

Pra que, quem diria aposentadoria
E pra os nossos os idosos não fazer nada
Esquecer quem correu pela gente
Abandono no asilo, esmola na calçada

Não adianta cuidar dos idosos
E esquecer do jovem que trabalha e estuda
Não adianta querer ajudar
Se em troca querer receber ajuda

Não adianta cuidar só de gente e esquecer
Plantas e animais
Sem a fauna e flora jamais
Naturais normais seriam anormais

Não adianta vender sua alma
Seu nome sua vida, então se conforme
Não adianta eu gritar as verdades
Se existem mentiras usando uniforme

Logo eu que escrevi, Nova Mosca
Brasil Faroeste, Vida e Criança
Ostentando luxúria, ganância
E dinheiro, jamais, matava a esperança

Minha vergonha na cara, motiva
As crianças na rua morrendo de fome
Verdades, aprendi o necessário
Rebelde moleque, atitude é de homem

Logo eu que escrevi, Nova Mosca
Brasil Faroeste, Vida e Criança
Ostentando luxúria, ganância
E dinheiro, jamais, matava a esperança

Minha vergonha na cara, motiva
As crianças na rua morrendo de fome
Verdades, aprendi o necessário
Rebelde moleque, atitude é de homem

Composição: Alexandre G. T. Jr

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