Alceu Valença

A Seca

Alceu Valença


Nas patas do meu cavalo, galopei no meu sertão
Vi a seca, vi a fome, lobisomem e assombração
Riacho virou caminho, graveto virou tição
E as pedras queimando em brasa, Asa Branca na amplidão

Nas patas do meu cavalo, galopei no meu sertão
Vi a seca, vi a fome, lobisomem e assombração
Riacho virou caminho, graveto virou tição
E as pedras queimando em brasa, Asa Branca na amplidão

Riacho virou caminho
De pedras ardendo em fogo
No poço secou a água
Menino morreu sem nome

Na Caatinga o homem chora
O boi que morreu de sede
A roça que era verde
A seca torrou garrancho

Riacho virou caminho
De pedras ardendo em fogo
No poço secou a água
Menino morreu sem nome

Na Caatinga o homem chora
O boi que morreu de sede
A roça que era verde
A seca torrou garrancho

Nas patas do meu cavalo, galopei no meu sertão
Vi a seca, vi a fome, lobisomem e assombração
Riacho virou caminho, graveto virou tição
E as pedras queimando em brasa, Asa Branca na amplidão

Senhor, mande chuva pro nordeste
Senhor, mande chuva pro sertão
Compositores: Juvenal de Holanda Vasconcelos (Nana Vasconcelos) (ABRAMUS), Mercia da Costa RangelEditor: Ayn Participacoes Ltda (UBC)Publicado em 2007 (12/Dez)ECAD verificado obra #272961 e fonograma #1288690 em 29/Out/2024 com dados da UBEM

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