Alan Fatel
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Ninguém Viu, Ninguém Vê

Alan Fatel


Quando a farinha é pouca
O meu pirão é primeiro
Tiro uma fatia do bolo
E o resto eu vou comê-lo inteiro.

Essa festa é afamada
E todos os convidados não querem faltar
Pra comer do governo
A fatia do bolo que todo mês ele dá.
Rola oposição gera até confusão
Na partilha do bolo
No final, satisfeitos
O resto das migalhas vai pro povo.

Quando a farinha é pouca
O meu pirão é primeiro
Tiro uma fatia do bolo
E o resto eu vou comê-lo inteiro.

Muitos fazem encenação
Relatando promessas
Só pra convencer
Porém eles não se conhecem e acabam se desviando
A se corromper
Deixando perder em si mesmo
As lições que na vida ele aprendeu
Quem tem carater não se vende
Porém, tem muitos deles que já se vendeu.

Quando a farinha é pouca
O meu pirão é primeiro
Tiro uma fatia do bolo
E o resto eu vou comê-lo inteiro.

Pensam que é sigiloso bem debaixo do pano
Pra ninguém saber
Quando há vazamento o dinheiro é o cimento
Ninguém viu e ninguém vê
Tem um ditado que diz que
"quem anda com os porcos seus farelos come"
Lá vem os homens de preto fazendo arrastão
Levaram os homens.

Quando a farinha é pouca
O meu pirão é primeiro
Tiro uma fatia do bolo
E o resto eu vou comê-lo inteiro.

Letra enviada por Aline Fatel

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