Nesse mundo de ilusões onde passamos nossos dias Não posso ser quem eu sou! Minha vida se confunde meio a cenas vazias De ódio e de amor Onde se convence o povo a comprar o que não precisa Meu Deus, onde é que eu estou? Se você passar lá em casa por favor, meu bem, avisa Quero esconder o meu mundo
Posso sofrer Posso chorar e até cair Mas essa noite amor, eu vou morrer de rir Mas certos dias eu me encontro assim Pois sem amor, vejo que estou Num mundo de ilusões Esconda as emoções atrás de um computador
Trancado no banheiro, já com os olhos vermelhos Tento esconder minha dor Meu bem, o que eu queria era estar na Bahia Com você não existe um final Sem luz, sem energia, sem carro, sem correria Colhendo frutas no meu quintal Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite amor, eu vou morrer de rir Quero viver, fazer um som me distrair Mas certos dias eu me encontro assim Pois sem amor vejo que estou... assim
Procurando encontrar uma direção nesse mundo de ilusão. Só espero que não caminhe rente à multidão Surda e muda é sem visão, fingem não prestar atenção
Quanto estão amordaçados pela manipulação E por mais que eu tente é sempre Diferente o que a alma sente o que a mente entende Pouco a gente entende, pouca gente entende
O que é relevante... ultimamente tão distante Mais descrente do que antes fez-se o povo ignorante Nesse instante pessoas brilhantes crescem nas favelas Em um instante ideias brilhantes morrem atrás de telas Nas novelas em um anúncio de Tv Monitores que amenizam dores, falsos amenizadores
Procuro me dar mais um tempo, pensar no futuro Esfriar minha cabeça, respirar fundo, quem sabe Além do mundo, eu mesmo me iludo, finjo que esqueço de tudo No momento eu só penso em fazer um som pra viver Fecho os olhos pra não ver, permito não perceber
A frieza urbana, fraqueza humana, modo que voa a semana Tempo que engana cidade, que esgana sistema Que explana sua forma tirana enquanto Se eu me desligasse até podia enxergar nós na Bahia, eu e você Sendo abençoados por um novo dia
Parece até ironia hoje ser só nostalgia Que preenche um espaço no meu peito em lacunas vazias Dias de agonia, distância judia A mente cria na melancolia mil filosofias, me alivia Mesmo que por pouco tempo a dor beneficia Hoje o sofrimento virou poesia
Posso sofrer, posso chorar e até cair Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir Quero viver, fazer um som, me distrair Mas certos dias eu me encontro assim Pois sem amor vejo que estou... assim