Amanheceu o dia enquanto o jovem burguês Acordou tranqüilamente bem depois das seis Tomou o seu café e saiu para estudar Após um belo dia voltou para o seu lar Antes de amanhecer o dia o jovem marginal Acordou desesperado pra vender jornal Com o pouco que ganhou levou pra disfarçar A fome insaciável que alimenta o seu lar
Dois mundos completamente desiguais Serão incapazes de implantar a paz A sociedade tende a se contradizer Enquanto o egoísmo vier a prevalecer
Nasce um novo dia e o jovem burguês Acordou mais uma vez bem depois das seis Tomou o seu café e saiu para estudar Porém neste dia ele não pode voltar Porque foi abordado por aquele marginal Que acordou desesperado pra vender jornal Um tiro disparado e o fato se consumou Dois jovens um destino de tragédia e terror
Dois mundos...
O Estado é mutável, tudo pode acontecer O que hoje é impossível, amanhã pode não ser A violência é conseqüência de um processo desigual É preciso combater essa injustiça social Se deixarmos o problema resolver-se por si só Teremos um futuro com um presente bem pior È terrível é cruel não podemos vacilar A mudança é possível se quisermos começar
Dois mundos...
Precisamos ouvir mais a voz do nosso coração Destruir completamente esta individualização Negativa ideologia que nos faz ignorar A miséria permanente que queremos transformar É difícil a trajetória, mas podemos conseguir O futuro é conseqüência do que iremos construir Acredito firmemente que podemos alcançar A paz tão desejada que clamamos encontrar